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Unifesp e instituições parceiras desenvolvem embalagem inteligente para transporte de órgãos

Produto promete revolucionar a logística empregada em transplantes atualmente no país

A imagem mostra uma caixa de transporte de órgãos para transplante, utilizada para manter órgãos em condições ideais durante o transporte até o local do transplante. A caixa tem um design moderno, com uma tampa aberta revelando seu interior, um ventilador lateral para controle térmico e um painel digital na parte superior. Há também adesivos e identificações, incluindo um aviso em português que diz "ATENÇÃO ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTE", indicando sua finalidade. O ambiente ao redor parece ser um laboratório ou uma unidade hospitalar, com equipamentos médicos e bancadas ao fundo.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por meio das escolas Paulista de Enfermagem e de Medicina, em parceria com a São Rafael Câmaras Frigoríficas, Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) e o Centro de Tecnologia em Embalagem para Alimentos (CETEA) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), desenvolveu uma embalagem inteligente para transporte de órgãos e tecidos humanos. 

A solução inovadora, que promete padronizar a logística dos transplantes no país, combina tecnologia de ponta com design meticuloso para garantir a segurança, rastreabilidade e a integridade dos órgãos durante o processo.

A caixa é equipada com um sistema de monitoramento em tempo real, via Internet, que permite rastrear o órgão e detectar qualquer queda ou alteração de temperatura durante o transporte. Além disso, a embalagem possui um sistema de refrigeração avançado que mantém a temperatura ideal para a preservação dos órgãos e tecidos. Com autonomia de até 6 horas e conexão de backup, a caixa está preparada para garantir a continuidade do processo, mesmo em situações adversas.

O produto, resultado de um trabalho multidisciplinar com 13 tipos de engenharias, prioriza a integridade do órgão, desde o design interno até a escolha dos materiais. “A embalagem tem um diferencial que não é só tecnológico, ela tem diferencial interno na caixa, externo, no material apropriado, nos cantos arredondados, para não ter infecção”, ressalta a docente da Unifesp e coordenadora do estudo, Bartira de Aguiar Roza.

A imagem mostra uma mulher vestindo um jaleco branco, de braços cruzados, em frente a uma porta de vidro com o logotipo da Escola Paulista de Enfermagem da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Ela tem cabelos castanhos médios, um broche verde no jaleco e um crachá de identificação. O ambiente parece ser uma instituição de ensino ou de saúde. A imagem transmite profissionalismo e confiança.
A professora da EPE/Unifesp Bartira Roza é responsável pela coordenação do estudo (foto: Alex Reipert)

Iniciado em 2017, o projeto, que conta com o aporte da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), foi reconhecido no XVIII Congresso Brasileiro de Transplantes 2023 como a melhor proposta para o setor, e venceu na categoria Educação o prêmio Automação 2024, promovido pela GS1 Brasil.

“Finalizamos a etapa de validação pré-clínica da embalagem por meio de um estudo de caso controle, onde se comparou o que é usado atualmente com o que se pretende usar para transporte de órgãos no Brasil. A nova embalagem se mostrou segura para fazer o transporte dos órgãos e tecidos para transplante”, afirma Bartira. 

“O ITAL está, no momento, validando com testes termodinâmicos e de estrutura, para garantir o funcionamento da caixa em temperaturas adversas e a manutenção da integridade dos órgãos em caso de queda", afirma uma das pesquisadoras do estudo Sibele Schuantes. 

Ainda segundo a professora Bartira, outros testes serão realizados na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), com a perspectiva de que o produto esteja disponível no mercado no início de 2026.

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