Releases

logo_unifesp

HSP/Unifesp realiza procedimento inédito para tratamento de câncer de mama

Esta foi a primeira vez em que a crioablação foi aplicada em um tumor mamário em um hospital público brasileiro

A imagem mostra uma cena médica em que dois profissionais de saúde, vestindo jalecos brancos e luvas, estão realizando um procedimento em um paciente. O foco está em suas mãos, que manipulam instrumentos médicos. Um dos instrumentos parece ser uma agulha ou um dispositivo de punção, enquanto o outro é um transdutor, provavelmente de ultrassom, sugerindo que o procedimento está sendo guiado por imagem. Ao fundo, há um equipamento médico, possivelmente um aparelho de ultrassom. O paciente está parcialmente coberto com tecido estéril. A imagem transmite um ambiente clínico, limpo e controlado, típico de uma sala de procedimentos médicos.
O procedimento consistiu na utilização de nitrogênio líquido para o tratamento de um câncer de mama inicial

Na segunda (13/01), os(as) professores(as) da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) - Campus São Paulo, Vanessa Sanvido e Afonso Nazário, realizaram, pela primeira vez em um hospital público brasileiro, a crioablação para tratamento de câncer de mama. O procedimento, realizado na Unidade Diagnóstica do ambulatório de Mastologia do Hospital São Paulo (HSP/HU Unifesp), consistiu na utilização de nitrogênio líquido para o tratamento de um câncer de mama inicial. Este é o primeiro protocolo de pesquisa na América Latina que utiliza a técnica para o tratamento do câncer de mama.

A imagem apresenta dois profissionais de saúde em um ambiente clínico. Ambos estão usando jalecos brancos com crachás de identificação visíveis. O homem está à direita e tem cabelos brancos; a mulher está à esquerda com cabelos longos e castanhos. Eles estão posicionados ao lado de um equipamento médico avançado, cuja tela mostra detalhes de um procedimento ou instrumento, sugerindo tecnologia de ponta, possivelmente relacionada a tratamentos como crioablação. O fundo da sala tem paredes coloridas, com um quadro artístico à esquerda e um design moderno. A expressão dos profissionais transmite confiança e acolhimento, indicando um ambiente profissional e inovador.
Os(as) professores(as) da EPM/Unifesp, Vanessa Sanvido e Afonso Nazário, realizaram, pela primeira vez em um hospital público brasileiro, a crioablação para tratamento de câncer de mama

A crioablação é um procedimento minimamente invasivo que utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir células cancerígenas ou tecidos alvo. Durante o procedimento, foram realizados três ciclos de 10 minutos, alternando o congelamento e o descongelamento do tumor mamário. “Inserimos, por meio de uma agulha, o nitrogênio líquido a uma temperatura de cerca de -140ºC na região afetada, o que forma uma esfera de gelo, destruindo o tumor. A incisão deixada pela agulha é igual ou até menor à própria biópsia realizada pela paciente”, explica o professor Nazário.

A imagem mostra a mão de um homem, manipulando um cilindro metálico em um ambiente que parece ser um laboratório. O cilindro possui válvulas e mangueiras conectadas a ele, sugerindo que contenha algum tipo de gás ou líquido sob pressão. O homem está segurando uma das válvulas com a mão, indicando que está realizando algum tipo de ajuste ou manobra no equipamento. Ao lado do cilindro, há uma pia com torneira e um recipiente com a inscrição "ANTE", que pode ser um recipiente para descarte de materiais contaminados. A imagem transmite a ideia de um procedimento técnico e cuidadoso, realizado em um ambiente controlado. O jaleco branco do homem reforça a ideia de um profissional da área da saúde ou de um laboratório, enquanto os equipamentos e os símbolos de segurança presentes na imagem sugerem a manipulação de substâncias potencialmente perigosas.A imagem mostra um recipiente metálico de cor marrom, com uma abertura na parte superior, onde um tubo metálico está inserido. Ao redor do recipiente, há uma densa nuvem branca, que se assemelha a fumaça.
A imagem mostra um procedimento médico, aparentemente relacionado a crioterapia ou crioablação. Há um dispositivo cilíndrico branco sendo segurado por uma mão enluvada, conectado a uma haste metálica fina que está sendo direcionada para um recipiente metálico pequeno, semelhante a um pote. Em segundo plano, pessoas em jalecos brancos estão presentes, indicando um ambiente clínico ou hospitalar. Ao fundo, há equipamentos médicos, como um monitor, que parece estar ligado ao procedimento.A imagem mostra um procedimento médico sendo realizado na região do seio de uma pessoa. Há uma haste metálica fina inserida na pele, conectada a um dispositivo branco, indicando um procedimento minimamente invasivo, possivelmente de crioablação. A pele ao redor do ponto de inserção apresenta leve vermelhidão, e o ambiente está preparado com tecidos cirúrgicos brancos, sugerindo um contexto clínico ou hospitalar. O foco está na área tratada, com o restante do corpo parcialmente coberto.
O procedimento foi realizado na Unidade Diagnóstica do ambulatório de Mastologia do Hospital São Paulo (HSP/HU Unifesp)

O procedimento pode ser realizado em ambulatório, sem necessidade de internação hospitalar, com o uso de anestesia local. Além disso, é uma técnica indolor, com alto grau de precisão e relativamente rápida. O procedimento, que teve início em Israel, já é utilizado para tratar diversos tipos de câncer e problemas cardíacos, como a arritmia. Em alguns países, como Israel, Estados Unidos, Japão e Itália, a técnica já é utilizada para o tratamento do câncer de mama. No Brasil, já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda não consta no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para o tratamento do câncer de mama.

A imagem mostra uma cena médica em que dois profissionais de saúde, um homem de cabelos brancos e uma mulher de cabelos castanhos, estão realizando um exame ou procedimento em uma paciente. A mulher opera um aparelho de ultrassom, com a tela mostrando uma imagem médica, enquanto o homem observa. A paciente está deitada em uma maca, parcialmente coberta por um lençol, com parte do tórax exposto para o exame. A sala tem paredes com cores claras, incluindo um painel vermelho ao fundo, e equipamentos médicos estão dispostos no ambiente.
A crioablação pode ser realizada em ambulatório, sem necessidade de internação hospitalar

O procedimento tem caráter experimental e marca a continuidade da pesquisa de pós-doutorado da professora Vanessa Sanvido relacionada ao câncer de mama. O protocolo é aplicado em pacientes com tumores menores de 2,5 cm e que têm indicação primária de cirurgia. “A primeira parte do estudo (first trial) consistiu na realização da crioablação seguida de cirurgia. Essa etapa inicial, que contou com aproximadamente 60 casos, obteve uma eficácia de 100% para tumores menores do que 2 cm. A fase atual do protocolo (six trial) consiste na comparação de um grupo em que é feita a crioablação sem a necessidade de realização de uma operação, com outro grupo em que é feita a cirurgia tradicional. Nesta fase, mais de 700 pacientes participarão da pesquisa em 15 centros de saúde do Estado de São Paulo”, explica a professora Vanessa.

A imagem mostra um close de um procedimento médico. Uma profissional de saúde, usando jaleco branco e luvas azuis, segura uma seringa em uma das mãos e, na outra, um transdutor de ultrassom que está sendo aplicado no ombro ou na parte superior do tórax de uma paciente. A paciente está deitada em uma maca, coberta parcialmente por um lençol descartável. Ao fundo, é possível ver parte do equipamento de ultrassom. A cena sugere a realização de um procedimento guiado por ultrassom, possivelmente envolvendo injeção ou retirada de fluidos.
O protocolo é aplicado em pacientes com tumores menores de 2,5 cm e que têm indicação primária de cirurgia

“As agulhas utilizadas no procedimento têm um valor alto. Nós estamos otimistas de que vai dar certo e de que poderemos, futuramente, contar com o procedimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a expansão do uso da crioablação, acreditamos que o custo da agulha vai cair e se tornar mais acessível. Nosso objetivo é tirar da fila do SUS de 20 a 30% das pacientes”, espera o professor Nazário.

A imagem mostra uma profissional de saúde, usando jaleco branco e luvas, segurando um dispositivo médico avançado, que parece ser uma agulha conectada a um aplicador utilizado para procedimentos minimamente invasivos. A ponta da agulha está envolta por uma névoa ou vapor, possivelmente indicando um processo de resfriamento, como ocorre na crioablação. Ao fundo, desfocado, há um monitor de ultrassom e parte de uma paciente deitada, sugerindo um ambiente clínico ou hospitalar. A expressão séria da profissional e o foco no dispositivo destacam a importância e a precisão do procedimento.
Agulha utilizada durante o procedimento

O procedimento foi realizado por meio de uma parceria com a empresa KTR Medical, representante da Ice Cure e da solução ProSense no Brasil, o Hospital Israelita Albert Einstein e o HCor.

Fotos: Alex Reipert 

COMPARTILHE