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Demandas movimentam os campi

Em todos os campi, os comandos e coletivos locais de mobilização, eleitos pelos técnicos administrativos, levantaram reivindicações referentes aos principais problemas encontrados no dia a dia da universidade. As pautas orientaram a ação da Reitoria no sentido da tentar encontrar a resolução dos problemas. Listamos, em seguida, as principais demandas e as respostas dadas pela gestão, segundo os relatos oferecidos pelos próprios comandos e coletivos. Campus Baixada Santista Demandas: Insuficiência do quadro de servidores técnicos; o setor de infraestrutura carece de recursos que garantam o funcionamento regular mínimo para cumprimento adequado de suas atividades; aumento da velocidade de conexão da internet (uma vez que o campus tem a pior conexão em relação aos demais); a necessidade de uma política institucional mais eficiente e transparente, contra o assédio moral também por diversos setores do campus; ampliação da negociação e flexibilização das regras que visem estimular a adesão de todos os técnicos na implementação das 30 horas. Respostas da gestão/Reitoria: A Direção Acadêmica acolheu a carta de reivindicações e informou que iria estudá-la para responder item a item. Comprometeu-se com a preservação da manutenção de serviços essenciais - aqueles cuja interrupção poderia causar prejuízos irreparáveis, envolvendo bolsas e atendimentos inadiáveis – e a estudar formas de resolver as demais demandas. “Entramos em greve no dia 16 de julho, portanto, fizemos quase 3 meses de greve. A Reitoria tem demonstrado boa vontade na resolução de impasses e reivindicações, como as 30 horas, qualificação dos TAEs, desprecarização de situações insalubres de trabalho, entre outras, mas isso ainda é muito pouco; precisamos que o diálogo siga franco, com prazos definidos de resolução, e que esta administração, como um todo, lute contra a precarização, vassalagem, depredação e privatização que a educação superior pública tem sofrido, amplamente promovido por quem deveria ser seu maior defensor: o governo federal”. (Coletivo Mobilizado dos TAEs do Campus Baixada Santista) Campus Guarulhos Demandas: Desigualdade na relação do número de alunos por técnico entre os campi; um novo sistema técnico e administrativo; segurança, construções e reformas prontas para o retorno ao Pimentas; paridade nas consultas e nos órgãos colegiados. Respostas da gestão/Reitoria: Quanto à distribuição de técnicos, a gestão alega necessitar do término do censo para tomar medidas adequadas. Sobre o novo sistema técnico e administrativo, há uma sinalização de que o Departamento de Tecnologia da Informação está construindo algo, mas sem uma resposta concreta com prazos. Quanto ao retorno aos Pimentas, ficou garantido que os técnicos só voltariam ao campus após a conclusão da obra. O ponto mais polêmico refere-se à paridade: segundo o comando de greve, a gestão não quer levar adiante o que foi decidido no Congresso da Unifesp. Sinaliza que apoia a paridade apenas nas consultas, mas não nos órgãos colegiados (incluindo o Consu). Para o comando, a paridade na consulta é insuficiente e não foi isso que ficou decidido no congresso. “A Unifesp nasceu muito desigual, em diversos aspectos. Ficou claro após esta greve que, caso essas desigualdades não diminuam, a expansão não será consolidada. Nós continuaremos buscando a redução delas”. (Comando de Greve de Guarulhos) Campus Osasco Demandas:Devolução das oito vagas de servidores pactuadas que foram distribuídas para outros campi da instituição; ampliação do número de vagas de servidores nos próximos anos; diminuição do alto déficit de TAEs existente no campus; melhorias nas condições de trabalho. Respostas da gestão/Reitoria: A Reitoria assumiu o compromisso de devolver as vagas ao campus o mais rápido possível, apesar de não ter instituído um prazo. Ressaltou a criação de uma política de gestão das vagas dos TAEs para minimizar as desigualdades. Além disso, está em constante conversa com o MEC para a liberação de novas vagas. “É fato que o crescimento dessa unidade universitária, que se dá com a ampliação do número de alunos na graduação e pós-graduação, não teve a sua devida correspondência na categoria TAE, cuja relação aluno/TAE excede a 30 e até recentemente tal questão sequer era problematizada pela Reitoria”. (Movimento Grevista dos TAEs de Osasco) Campus São José dos Campos Demandas:saúde do trabalhador (insalubridade/precarização das instalações); deficiência no quadro de pessoal do campus; necessidade de crescimento e desenvolvimento responsável/regramento estratégico bem definido; falta de transparência nos atos administrativos e na publicidade dos documentos gerados; descentralização organizacional (padronização entre os campi e fluidez no processo de tomada de decisão). Respostas da gestão/Reitoria: Na avaliação do comando de greve, a Reitoria não ofereceu, ainda, uma resposta satisfatória para as demandas referentes à saúde do trabalhador e ao problema da deficiência no quadro de pessoal do campus, problema agravado pela expansão da pós-graduação sem um planejamento adequado. O comando também aponta falta de transparência nos atos administrativos, na publicidade dos documentos gerados e dificuldade de acesso aos atos administrativos, principalmente à prévia dos documentos produzidos nos debates das instâncias várias (conselhos, comissões, câmaras, entre outros). O comando também aponta para a necessidade de descentralização efetiva na estrutura organizacional para melhor conhecimento das várias realidades locais e melhor trato na tomada de decisões com celeridade e assertividade. “Gostaria de apontar a invisibilidade do corpo de TAEs em nossa instituição que, ironicamente, tem de aderir ao movimento paredista para enumerar em sua pauta de reivindicações questões que fazem parte do programa de campanha da gestão e que obrigatoriamente deveriam ser objeto de apreciação e resolução direta de nossas autoridades competentes. As reivindicações são apresentadas por nós à comunidade universitária na tentativa de alcançar a ressonância e a reverberação necessárias, que as permitam romper as barreiras impostas pelos incautos que não percebem a universidade de forma sistêmica, sob uma perspectiva holística e que vise o bem comum”. (Clayton Rodrigues dos Santos – TAE e membro do Comando Local de Greve de São José dos Campos) Campus São Paulo e Hospital São Paulo Demandas:: 30 horas para o HSP/HU/Unifesp; gestão melhor para APH ; reposição de folgas não concedidas nos dois últimos períodos anuais (retroativos); correção das distorções na carga horária; atendimento às reivindicações dos celetistas do HSP; democratização do HSP. Respostas da gestão/Reitoria: As etapas de flexibilização da jornada de trabalho, a adequação e acertos do número de folgas foram estabelecidas, bem como a publicação da portaria da comissão para gestão do APH. “Audiências sobre 30 horas e a democratização nas universidades foram realizadas pela Reitoria. A discussão das 30 horas foi suficiente. Foi composta uma comissão para o HU, cujo efeito final consideramos positivo. Quando falamos HU, falamos no maior segmento que é a enfermagem”. Comando de Greve do Campus São Paulo e Hospital São Paulo (Sintunifesp) Até o fechamento da edição, os comandos de greve do Campus Diadema e do prédio da Reitoria não responderam aos questionamentos.   Sumário do número 12