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Os desafios postos para a pesquisa no quadriênio 2017-21

Editorial

A nova equipe que assumiu a direção da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (ProPGPq) apresenta suas propostas de trabalho para os próximos anos, os quais descortinam um horizonte econômico bastante sombrio, especialmente para a área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I). O financiamento nacional da CT&I observado nos últimos 50 anos sempre oscilou, apesar de ser uma área fundamental para alavancar o desenvolvimento geral de uma nação. Por essa razão a entrevista com o presidente da Academia Brasileira de Ciências, professor Luiz Davidovich, publicada nesta edição, é tão importante para a reflexão conjunta de toda a sociedade.

Esse é o pano de fundo diante do qual estabelecemos as linhas mestras de nosso trabalho para os próximos quatro anos. Enfrentar o desafio demanda criatividade, tenacidade e compromisso com o novo, o inédito. Não é, portanto, com menos entusiasmo que assumimos essa missão institucional.

Assim, a nova equipe tem atuado no sentido de ampliar os instrumentos da ProPGPq e planejar ações de curto, médio e longo prazo, tal como delineado no Plano de Desenvolvimento Institucional da Unifesp (PDI 2016-2020). São cinco os principais projetos iniciados: 1. Reestruturação da ProPGPq. 2. Ampliação do Escritório de Apoio ao Pesquisador (EAP). 3. Recadastramento dos pós-doutorandos e organização do I Encontro Unifesp de Pós-Doutores. 4. Criação da Comissão Institucional de Integridade Acadêmica. 5. Avaliação interna dos programas de pós-graduação.

Em relação à reestruturação da ProPGPq (item 1), além das quatro coordenadorias já atuantes na Pró-Reitoria, foi criada a de Integração, cuja principal meta será estimular a convergência entre os pesquisadores e os programas de pós-graduação das diferentes áreas do saber. A reorganização e ampliação do EAP (item 2) visa, sobretudo, implementar ações que estimulem e facilitem as atividades-fim dos pesquisadores, proporcionando-lhes ambiente mais favorável na interface institucional e com o sistema nacional de pós-graduação e pesquisa. O item 3 diz respeito à atividade dos pós-doutores, espaço privilegiado e de constante desafio. A partir de portaria editada pela reitora Soraya Smaili, chegamos ao item 4, que levou à estruturação de uma política institucional de boas práticas acadêmicas e de ética em pesquisa. Esta prevê o estabelecimento de um escritório na nova estrutura da ProPGPq, o qual deverá organizar, em conjunto com a comunidade unifespiana, procedimentos e parâmetros atinentes à integridade acadêmica institucional.

A nova equipe da ProPGPq enfatiza também a necessidade de a Unifesp deflagrar seu próprio processo de avaliação (item 5). Demos início à primeira fase dessa avaliação a partir de um questionário proposto aos programas de pós-graduação. Contrariamente à avaliação da Capes, busca-se uma compreensão do potencial interno de cada programa que dê conta da formação de mestres e doutores – acadêmicos ou profissionais – e seja capaz de impactar o desenvolvimento do país. Para tanto, faz-se necessária a colaboração de toda a comunidade.

Não menos importante foi a incorporação do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) às atividades da ProPGPq. A integração proporcionará maior convergência entre as atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação e facilitará a interação desse órgão com os agentes similares de outras instituições de ensino superior (IES) e institutos de pesquisa no país e no exterior.

Ao agradecer a confiança que em nós foi depositada, a nova equipe da ProPGPq coloca-se à disposição para ouvir, contribuir, estimular e, principalmente, criar alianças determinantes no aprimoramento do ambiente de pesquisa, no desenvolvimento tecnológico e na inovação em toda a Unifesp.