O Brasil está anos luz atrás de outros países no quesito de patentes e inovação tecnológica. O país ocupa a penúltima posição no ranking de patentes válidas, de acordo com o relatório de 2014 da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse cenário caótico, é preciso investir cada vez mais em pesquisa, ciência e tecnologia em ambientes que constroem conhecimento e promovem o desenvolvimento social, como as universidades.
Na matéria de capa, é possível acompanhar uma pequena fração do que pesquisadores da Unifesp desenvolvem nas áreas de tecnologia e inovação, que poderão beneficiar não apenas a sociedade com produtos úteis, mas revolucionar a educação e a saúde e fazer girar a economia de todo um país.
Tomógrafo portátil que dispensa o uso de substâncias radioativas nos pacientes; desenvolvimento de bomba de insulina nacional mais barata à população; uso de tecnologia tridimensional para compreender as doenças cerebrais, reconstruir órgãos e tecidos, desenvolver órteses e próteses e ajudar a desvendar crimes; tecnologia assistiva, que resgata parte da independência de pessoas com mobilidade comprometida, são algumas das pesquisas desenvolvidas dentro da instituição que, neste ano, comemora 10 anos da inauguração do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT/Unifesp), em São José dos Campos, e 50 anos do curso de Ciências Biomédicas da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp).
Também nesse número, os leitores poderão entender os gargalos e as dificuldades enfrentados no processo de registro de patentes no Brasil a partir do artigo de Jair Ribeiro Chagas, professor da universidade e especialista nas áreas de Biotecnologia, Gestão da Inovação e Proteção Intelectual, além de entrarem no universo de familiares de dependentes químicos e de quem sofre de depressão. Vários outros temas importantes e que permeiam o nosso dia a dia, como poluição, saúde, comportamento e violência doméstica, recheiam as páginas dessa edição. Boa leitura!