Bem-vindo à edição n.o 12 da revista Entreteses! Você, que nos acompanha, sabe o que estamos comemorando e que é parte dessa festa. Em 2019, a Unifesp completa 25 anos de uma linda trajetória, completamente voltada à sociedade, por meio do tradicional ensino superior, do desenvolvimento de pesquisas e da extensão universitária. Tema desta edição, as ações extensionistas compõem o tripé que sustenta a universidade pública, cravado no artigo 207 da Constituição Federal de 1988. Porém, o eixo da extensão costuma ser menos óbvio no que tange ao retorno social da universidade.
Uma parábola famosa, capaz de definir precisamente a amplitude da extensão universitária, é a do bambu chinês. Depois de plantada a semente dessa árvore nativa do sul da China, não se vê nada por aproximadamente cinco anos – exceto o lento desabrochar de um pequeno broto a partir do bulbo. Somente após esse período, o bambu chinês cresce, atingindo uma altura de aproximadamente 25 metros. Assim, a extensão universitária fixa suas raízes na sociedade, dia após dia, à medida que atende indivíduos em situação de vulnerabilidade, jovens da rede pública, idosos, refugiados, indígenas e familiares de desaparecidos, ou mesmo complementa o aprendizado de estudantes em sua passagem pela graduação.
O resultado de todas essas ações constrói, fibra por fibra, o caule de cada uma das árvores mencionadas, que representam a inovação social, a economia solidária, o empreendedorismo social, a gestão comum de bens e o terceiro setor. E que se desdobram em um cursinho comunitário que prepara turmas de alunos para o vestibular; em um programa de apoio a pacientes com fibromialgia, que alimenta o otimismo de centenas de pacientes, até que estes estejam preparados para enfrentar suas angústias e dar apoio a outras pessoas na mesma condição; em uma nova esperança para estudantes sujeitos a transtornos mentais, como ansiedade e depressão, por meio do canto e da música; e na antecipação de mudanças impostas pelo panorama global, abraçando uma agenda voltada ao desenvolvimento sustentável.
Na Unifesp, essas sementes foram plantadas há 25 anos, e seu crescimento já é visível de longe. Agora, é o momento de compartilhar tais conquistas com você – a quem desejamos ótima leitura!